sábado, 13 de novembro de 2010

Textos Meus - Linha colorida

   
  Se a nossa vida fosse uma caneta, uma caneta que dependesse da tinta que possui, seriamos nós capazes de escrever a nossa vida? Seriamos artistas do tempo que, na sua inocência, desenhariam até o cair da última gota? Erravas e ias gastar tinta a riscar o que já escreveste? Tentavas, mas o tempo é perfeito a mostrar as imperfeições do passado.
   Imagino as pessoas como linhas rectas, com destinos cruzados, à espera de se tornar linhas paralelas que duram uma vida. Neste caso, se alguém escrevesse uma linha ao lado da tua? Sim, ao lado da tua! Irias até ao fim da tinta, só porque, no fim, esse alguém desenhou um sorriso? Usarias a tua tinta para salvar alguém que, por ironia fatalista ou destino antecipado, estivesse a chegar ao fim da sua? Quantos sorrisos e choros metias no papel tentando que te entendessem? A vida é uma roda de emoções, mesmo não querendo há sempre algo no rosto. Palavras mudam uma vida, quantas palavras usarias para mudar o mundo? O teu mundo, o meu… O de quem quisesses mudar!
  Somos como uma linha que é espelho do que vivemos… Vazia, carregada ou lisa. Às vezes baralhados com as entrelinhas que nos deixam, quantos são os que desesperam! E eu? Qual serei? O que diz a minha linha? A resposta é sou parvo e faço asneiras, não as risco e esborrato pinturas… Mas se a tua caneta depender da minha, terás sempre tinta para escrever “Sou Feliz :)”, sabes porquê? A minha caneta escreve “adoro-te :)”