Saíste da minha vida, apressada demais para não voltar, apressada demais para perdoar. Como posso dizer que fiquei sem chão, quando, agora nem pés tenho para o tentar pisar.
Corri atrás, tropecei, vesti a pele de palhaço, tive nariz de todas as cores enquanto só queria uma palavra tua... e tu? Ah, tu... Tu foste perita a tratar-me num monólogo de alfabeto mudo, aquele alfabeto em que não é preciso escrever espada para ser espetado cá dentro.
Depois de tantos rounds, ainda pensei que podia levantar-me para um último assalto, o problema foi que nesse ultimo assalto rodeaste-me de paredes, caí e chorei, ainda hoje me sinto aí trancado a ter pensamentos num monólogo com o canto, criando
ilusões entre paredes surdas.
Sabes, continuas a ser o meu sorriso espontâneo, mas se na memória te arrependes do que comigo viveste, morreste.